Três homens, um buraco e o FMI

Três homens, um buraco e o FMI. Parece não ter nada a ver mas está tudo ligado: descia eu hoje a rua em frente ao mercado municipal de Coimbra quando por sorte não embati em três pessoas no meio da via. Dois homens e uma mulher, com coletes fluorescentes, circundavam um buraco de saneamento, ainda tapado, sendo que um deles lhe dava algumas pancadinhas com uma ferramenta.
Ali estavam aquelas três almas, presumivelmente funcionários municipais, a ignorarem por completo o trânsito que era obrigado a desviar-se para a faixa dos autocarros sem qualquer sinalização prévia. A fazerem o quê, ali três pessoas, antes das 10 da manhã, na maior das calmas, não sei. Sei é que hoje de manhã foi o dia em que se especulou que o FMI dava por quase certa a falência de Portugal (à tarde já não era bem assim).
E foi esta associação de coisas que me chamou a atenção: a iminente falência do Estado a par do empenho e do esforço daqueles que vivem na sua sombra, no sentido de, com a sua visível produtividade, concorrerem para desfecho inverso.
É o país que temos. Nós somos o país, o que vemos é o espelho das nossas escolhas.
Ali estavam aquelas três almas, presumivelmente funcionários municipais, a ignorarem por completo o trânsito que era obrigado a desviar-se para a faixa dos autocarros sem qualquer sinalização prévia. A fazerem o quê, ali três pessoas, antes das 10 da manhã, na maior das calmas, não sei. Sei é que hoje de manhã foi o dia em que se especulou que o FMI dava por quase certa a falência de Portugal (à tarde já não era bem assim).
E foi esta associação de coisas que me chamou a atenção: a iminente falência do Estado a par do empenho e do esforço daqueles que vivem na sua sombra, no sentido de, com a sua visível produtividade, concorrerem para desfecho inverso.
É o país que temos. Nós somos o país, o que vemos é o espelho das nossas escolhas.
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