Prima instável

A minha prima anda instável. Sorri ora com um sorriso usado e já visto, ora com o rasgar repentino e sempre inédito que lhe é característico. Olha com graça e vivacidade, com o olhar dos melhores dias, ou vê como que através de uma névoa, como que de espírito obnubilado. Oh!, é do tempo, do calor, sabes!, diz. Amanhã estará melhor por certo. Estará mais fresco, claramente...

Feliz Cumpleaños!

Muitas luas e marés iluminaram as suas noites e fertilizaram o seu ventre com o sinal do que é hoje a sua querida descendência. Muitos Verões lhe aqueceram o espírito e sucessivos Invernos lhe acalmaram a alma sempre rebelde, sempre liberta e insubmissa. E hoje, poucos dias depois do solstício, revela-se na antiga magia da Deusa da Bretanha em trinta e algumas Primaveras que dizimam os Outonos e os Invernos e que florescem nos Verões mais inóspitos. Feliz aniversário.

Queremos ser ouvidos!

Por verde, vermelho e amarelo

No princípio era o verde e o vermelho. Depois era o vermelho e o branco e o branco e o branco e o vermelho. No fim era o verde e o vermelho.

Ai de mim..., dizia o chinês no assento acima, enquanto mordia o cachecol das quinas que a preceito envolvia a sua cara amarela de esfera armilar. Ai de nós..., dizíamos nós. Mas no fim, foi mesmo verde, vermelho e amarelo.

Vi-te em outras unhas. Iguais às tuas? As tuas. 

Mensagem

Soou o toque de dois sons, polifónico. Uma mensagem. Daquelas que vêm de um sítio em branco. Era assim: "votre nouvelle blogfan, toujours lá, votre esprit c'est comme les étoiles, toujours brilliant, distant, mais que iluminent la nuit des autres!" Guardei a mensagem vinda do sítio em branco e publico-a agora. É bom ouvir coisas assim, mesmo vindas de lugares remotos porque sem rosto, mas certamente escritas pela pena de pouca gente, entre muita gente próxima.

Vi-te em umas unhas

Vi-te hoje em umas unhas que vi,
De fitinha branca,
Iguais às tuas.
Estás por todo o lado...